Os pneus sem ar, uma tecnologia que promete eliminar a necessidade de reparos frequentes, estão prestes a se tornar uma realidade. Modelos que dependiam de câmaras de ar internas estão se tornando relíquias do passado, enquanto sistemas “run flat” já permitem que os motoristas continuem rodando por alguns quilômetros mesmo com pneus furados.
Esses avanços são possíveis graças a estruturas reforçadas que mantêm os pneus em movimento, mesmo na ausência de ar. No entanto, apesar dessa capacidade de rodar temporariamente sem ar, os pneus ainda precisam de reparos posteriores.
As fabricantes agora estão empenhadas em aprimorar ainda mais essa tecnologia, visando a eliminação completa das visitas às borracharias.
Olhando para o futuro, a Pirelli está investindo na tecnologia Seal Inside, que incorpora um composto selante na parte interna do pneu. Esse composto é capaz de vedar furos de até 4 milímetros de diâmetro enquanto o carro está em movimento. Além disso, segundo a empresa, o pneu é mais leve, mantém a pressão por mais tempo e possui paredes laterais reforçadas.
Por sua vez, a Michelin apresentou em 2019 o Uptis, que substitui tanto a roda quanto o pneu convencional. Sua rigidez é garantida por raios, dispensando a necessidade de calibragem periódica. A banda de rodagem é vazada, contendo lâminas de fibra de vidro cobertas por borracha, que funcionam como uma segunda camada de amortecimento, auxiliando na suspensão do veículo.
Os pneus sem ar oferecem vantagens em termos de durabilidade e exigem menos manutenção. No entanto, eles podem ser até 15% a 20% mais caros do que os modelos tradicionais, o que pode ser um obstáculo em algumas aplicações.